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IV
SEMPRE O BRAZIL.
Nunca noite dormi tão socegado,
Que nem mesmo sonhei com o meu Brazil,
Porém, vendo infinito o mar d’anil,
Lembra-me a aurora d’elle nacarada.
Cada dia que passa não é nada,
E os que faltam parecem mais de mil.
Se o tempo que lá vivo é um ceitil,
Aqui é para mim grande massada.
Se a doença porém me consentir,
Sempre pensando n’elle, cuidarei
De tornar-me mais digno de o servir,
E, quando possa, logo voltarei;
Pois na terra só quero eu existir
Quando é para bem d’elle que eu o sei.
Bordo do Gironde, 7 de Julho de 1887.